O tímido raio de sol entra pela pequena fresta,
E eu absorta piso sobre ele,
Como se quisesse
Garantir a certeza de estar viva...
E ele como rei que é
Ignora meus pobres pés plebeus.
Não por soberba,
Mas por piedade majestosa.
E eu na humilde casa,
Olho a volta...
Vejo sobre a cômoda teu retrato,
E enfurecida abro a porta completamente,
E deixo vossa majestade entrar com galhardia.
A luz brilhante do astro rei,
Empalidece sua foto amarelada
E me lembra de que se ontem não me querias,
Hoje para mim não és mais nada.
[Marilda Amaral]
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