Vale a pena ser poeta, pois desnudo minha alma e copulo minha criatividade... [Marilda Amaral]

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Mensagem de um grande amigo.


O trem da vida

Dentro de alguns dias, um Ano Novo vai chegar a esta estação.
Se não puder ser o maquinista, seja o seu mais divertido passageiro.
Procure um lugar próximo à janela desfrute cada uma das paisagens que o tempo lhe oferecer,
com o prazer de quem realiza a primeira viagem.
Não se assuste com os abismos, nem com as curvas que não lhe deixam ver os caminhos que estão por vir.
Procure curtir a viagem da vida, observando cada arbusto, cada riacho,
beirais de estrada e tons mutantes de paisagem.
Desdobre o mapa e planeje roteiros. 
Preste atenção em cada ponto de parada,
e fique atento ao apito da partida.
E quando decidir descer na estação onde a esperança lhe acenou não hesite.
Desembarque nela junto com os seus sonhos...
Desejo que a sua viagem pelos dias de 2012, seja de PRIMEIRA CLASSE.
Feliz  Ano Novo com muita Saúde, Paz e realizações.
São os votos do seu velho amigo (...)


terça-feira, 27 de dezembro de 2011

eu...


Tenho alguns defeitos bem irritantes, mas também tenho algumas virtudes bastante interessantes.
Amorosa  encontra partida a ira que se instala em mim quando vejo maldade com os indefesos.
Benevolente com os erros alheios, mas critica de mais comigo mesma.
Carinhosa com a fragilidade, dura com as dificuldades.
Dedicada em tudo que me proponho.
Encantada com a arte de viver, mas desconfiada com as arestas deixadas pelas injustiças do mundo.
Feliz pelas vitórias e inconformada com as derrotas.
Generosa com os necessitados, mas reticente com os abastados  avarentos.
Honesta, porem às vezes vislumbrada com os  feitos desta honradez.
Iluminada entre as sombras da vaidade.
Juventude encravada no velho coração.
Livre no pensamento e tão cativa das próprias cobranças.
Mediadora das próprias fragilidades.
Nuances vibrantes das guerras travadas contra mim mesma...
Orgulho do que faço de bom e vergonha dos meus defeitos.
Paixão em todas as atitudes grandiosas.
Querência pelos irmãos de caminhada.
Romântica e às vezes tão magoada com a vida...
Solidária e cobradora dos impostos da vivência.
Terna com os frágeis, áspera com os prepotentes, quase esquecendo que isso é prepotência.
Única nas falhas e par das boas concretizações...
Vitoriosa.
(X)mistério.
Zelosa com o próximo e  relapsa com minhas necessidades .
Marilda Amaral 

Posseira...




Posseira.

Absorve  meus pronomes
Alimenta-se de meu sotaque
Mas uma coisa não faz.
Não vive a plenitude da minha ânsia...
Pois durmo com um dos olhos abertos,
Mirando o que tenho e o que de ti não invejo.
Pois sou dona da coragem
E tu és proprietária da falta de ânimo.
Sou a locatária dos sonhos,
Enquanto  tu é a proprietária do maior de todos os pesadelos
“a invídia”...
Setembro/2007
[Marilda Amaral]

domingo, 25 de dezembro de 2011




Eu vejo muito mais rapidamente o encanto da tua  alma do que enxergo a beleza dos teus olhos...
[Marilda Amaral]




Amo-te pelo jeito firme de dizer não, deixando que o sim transpareça com nitidez.
[Marilda Amaral]

domingo, 18 de dezembro de 2011

Esboço...




creia...
Existem homens que são paródias da realidade.
Afirmam a covardia alheia,
Mas cuja pusilanimidade
Os guarda no fundo do baú da casualidade.
Marilda Amaral

sábado, 17 de dezembro de 2011

ao meu amigo Celso....




As vestes puídas do pobre homem,
Denotavam que muito mais que pobre,
Era abandonando pela auto-estima...
O orgulho o abandonara  na primeira fase da vida,
Quando descobriu que não tinha origem...
A perseverança lhe disse não,
Quando descobriu que não tinha aprendido a soletrar o próprio nome.
O trabalho não era uma de suas prioridades,
Ser pedinte era menos cansativo,
Apesar de deprimente,
Pois nem sempre o próximo é tão próximo assim.
O amor era ação cinematográfica,
Longe da sua realidade...
Da mulher pouco sabia, nem a progenitora conhecera.
Seus irmãos eram cães vadios, que não se importavam
De dividir as migalhas da miséria.
O frio não era um companheiro tão presente,
Pois corpos peludos de amigos caninos agasalhavam sua pobreza...
Tinha por coberta a irracionalidade,
Por comida, os restos
E por dignidade a certeza que o amanhã era inevitável
Pobre homem viu os anos passarem sem vergonha nenhuma de ser ninguém,
Mas no fim de sua vida,
Ainda com idade pouca,
Conheceu-me quase que sem querer
E eu ensinei pra ele o pouco que sabia.
Que ser homem é bem mais do que ter algo, vir de onde ou ser de alguém...
Ser homem é ser imagem e semelhança de Deus
E para isso basta encontrar seus iguais
E eu estive lá na sua partida
Peguei sua mão e disse que
Precisa-se acima de tudo ser guerreiro.
E ele acreditou partindo tão sereno para o mundo
Do desconhecido...
E eu estou aqui orando para que encontre vida plena.
Até um dia amigo Celso.
Nascido em 05/1956 e falecido em 11/2011
[Marilda Amaral]

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011




                                                                    

uma  música foi entusiasmo criador que me impulsionou a escrever mais uma vez...

Curador da alma

Alma que se desprende do egoísmo de ser humano,
Que experimenta as vestes da espiritualidade
Do ser sem ter monopólio...
Enquanto o homem físico toca com as mãos,
O espiritual experimenta delicias do coração,
Onde a sensualidade é a luz
Dos olhos...
Reflexo do que admira.
Onde a lembrança de belas atitudes
É o depósito de bons momentos...
Onde o aspecto do homem está intrinsecamente
Ligado com a beleza de sua alma.
Onde as asas da imaginação rufam de forma civilizada,
Levando ao despertar de bons sentimentos...
Onde a nobreza é sinônima de humildade...
Onde o mistério é o enigma de ser terno sem ser desprovido...
Onde ser espiritual
É ser dono sem ter posse.
Onde o tempo é o despertar de novas possibilidades,
E a meditação é a reflexão plena
De ser um homem sob a condição verdadeira de ser totalmente
Dominado pelo ser espiritual
E mesmo assim não deixar de dar valor a beleza
Que há em cada condição humana.
[Marilda Amaral]

 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Eu e Tu...


Sou os ais de muitos fins,
Mas também sou a risada gostosa de muitos inícios.
Sou parônima e antônima das tuas colocações...
E faço sempre que nada sei,
Confundo teus sentidos,
Admito minhas definições,
Desde que elas desarrumem toda a tua meticulosidade.
Somos como a marina e o hangar...
Você  explora o infinito e eu mergulho em profundidade abissal .
Nossa beleza se perdeu no tempo,
Mas eu a encontro todos os dias nas frases falquejadas
De poemas mal escritos que aborto em desatino...
Tudo isso por você.
[Marilda Amaral] 

sábado, 10 de dezembro de 2011

Amores complicados




Encontrei a margarida tão singela, criativa...
Tentava ser vista pelo cravo... Tão distraído na beleza da rosa,
Que tomei postura de jardineiro;
Colhi a margarida, levei para dentro da casa, coloquei sobre a lareira
Num vaso solitário, junto ao retrato do meu amor...
Mas esqueci do sol escaldante de verão,
E o cravo tão romântico fitava de frente a bela rosa
Que abriu a corola
Em desespero e pereceu que morria...
Enquanto da sala fresquinha a margarida via a morte da rosa e a desidratação do cravo,
E olhando mais demoradamente percebeu
Que um jacinto vivia num vaso de água límpida em cima da mesa de centro
E convidava a margarida para um colóquio de amor...
Ela até aceitou depois de ver o enterro do cravo e da rosa pela janela da sala de estar.
E eu acreditei que sempre existe um amor para nos defender de um bem pior.
Há...ha...ha...
(Marilda Amaral)

domingo, 4 de dezembro de 2011

MINHA IRMÃ AMADA



→♠maribel♠←  é uma espécie rara de jóia,
Uma  fada do tipo que não sei como ,
Veio a terra pela mesma estrada que eu,
Humilde mortal...
Nem vi sua vida passar,
Nem sei da cor que gosta,
Nem das alegrias que teve...
Não pude ser sua madrinha,
Nem sua fada dindinha,
Mas Deus insistiu em me colocar
Em seu mesmo caminho.
Nossas direções
Se mantém  opostas,
Então pelas longas ondas virtuais
Busco minha jóia, coloco no meu colo,
Encosto sua cabeça em meu peito
E digo baixinho
Do fundo do coração
→♠belzinha♠←
A mana te ama...
Bjs da irmã que nunca te esquece,
 мяG╦═─ мя (GUERREIRA)


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Realmente...


Sou igual há muitos anos
Faço e desfaço caminhos...
Dou-me em penitência
Por pecado pouco.
Revejo espaços deixados entre meus sonhos e a dura realidade.
Por vezes senti remorsos,
Outras me mantive dentro da mais perfeita razão.
Fui ferida mortalmente
E mantive meu corpo puro e a alma mergulhada no pantanal do rancor.
Seguidamente sonho com possibilidades plenas,
Onde o coração e a razão fazem acampamento
Em campo fértil...
Sou um mar de possibilidades,
Antiguidade mantida pela perseverança
E a certeza de que mesmo decrépita,
Sou souvenir intemporal...
[Marilda Amaral]



Loucura...


Olhe só que loucura:
 Sou brilho que
não apaga
Sou música que não se cala
Sou força que não desanima
Coragem que não cessa apesar de tudo...
Enquanto você meu amor:
É a noite que me acalenta,
O silêncio que me tranqüiliza,
A indiferença que me amadurece,
A paz do meu viver...
Mas cuidado sou senhora dos desvios,
Um dia te alcanço
E faço de ti
Um homem feliz.
[Marilda Amaral] 

Capacidade...


Nada me faz desistir, sou poço que não seca...
Minha capacidade  de buscar os sentimentos no mar das palavras
É uma avalanche de emoções nada dispersas...
Eu as aglutino na boca do coração, órgão capaz de digeri-las sem timidez.
Tenho um Vesúvio ativo  em  meu sentir,
Onde o rio de lavras incandescentes,
São capazes de consumir toda a tua solidão
E transformar teu eu em meu ser.
[Marilda Amaral] 

sábado, 26 de novembro de 2011










Obelisco de sentimentos atrozes,
Que marca um tempo de sofrer
Onde o indicador maior da apoteose
Da amargura,
Foi à traição que sofri.
Obelisco de emoções falidas,
De desagregação do afeto.
Ai de ti que mentor dos desmandos,
Hoje sofres o maior dos martírios,
A morte em vida de todo o bem que tive.
Hoje sou o obelisco que marca com o vazio
Do meu coração
A traição que a tua dose de amor pouco impingiu.
[Marilda Amaral]

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

amor....


Amor sublime amor,
Entreposto das ilusões
Escada de breve favor,
Que facilita os corações..

Amor sublime amor,
Com ele vêm pontiagudos arpões
Que flecham em sublime dor,
Queimando como mil vulcões.

Amor sublime amor,
Que declama com tantos jargões
Deixando em breve torpor
O coração com ouro de verdadeiros filões...
[Marilda Amaral] 

sábado, 19 de novembro de 2011

CLASSIFICADOS


Classificados


Pretendo ver a noite vestindo lantejoulas cósmicas,
Lendo os classificados a luz da lua...
Abrindo meu jornal constato:
Trocas-se um coração ferido pelo perdão incondicional...
Divide-se vinte hectares  da terra fértil da sabedoria
Entre seleto grupo:
O amor pode ficar com metade da área, para cultivo da felicidade...
Os outros hectares divido entre as irmãs trigêmeas
Fé, Esperança e a farta Caridade.
Doa-se um coração abastecido com o combustível da vida,
Chamado Fidúcia, pois com ele se pode atravessar o deserto árido da desesperança sem perecer pelo meio do caminho.
Endossa-se o cheque da Benevolência em favor do Bem Estar...
Faz-se uma sociedade anônima com o grupo dos desconfiados, para alavancar a sabedoria dos mesmos...
Editora chefa: Uma Guerreira de plantão
Escrito pelo repórter Bom Senso
E publicado no Jornal Memorial da Existência.
[Marilda Amaral]

sábado, 12 de novembro de 2011

Hoje 12/11




Hoje o dia amanheceu mais antigo
Com peso de anos transcorridos
De experiências vividas...
E nada parece feio,
Tudo é tão novo,
Tudo é tão mais luminoso
Acho que meu olhar ficou mais benevolente,
Pois vi no espelho uma beleza madura refletida,
Não enxerguei as rugas,
Pois  o sorriso estava tão largo
Que camuflou  as linhas enfadonhas ...
Minha mãe dizia
Que a lua era cheia no dia  que nasci,
O sol era minguante,
Pois nuvens rosadas tinham amenizado
A fonte magnética do astro rei ...
Dizem que não chorei,
Que gritei forte
Uma espécie de grito de guerra,
Talvez soubesse o que o mundo me destinara,,,
Mas nada me deteve,
O abandono foi bondoso,
Pois me deu por mãe a fada que me esculpiu a alma...
O medo deu lugar à vontade de vencer
Todas as minhas fragilidades.
E este dia passou a ser
Aquele em que o mundo era quadjuvantes
E eu o epicentro dos acontecimentos.
E em cada ano vesti o personagem que mais aprovei..
Fui fada,
Madrinha,
Tia e dindinha
E  hoje no alto da torre da maturidade sou a balança
Do meu próprio equilíbrio.
Hoje estou feliz, pois faço 59 anos de evolução.
[Marilda Amaral]