Encontrei a margarida tão singela, criativa...
Tentava ser vista pelo cravo... Tão distraído na
beleza da rosa,
Que tomei postura de jardineiro;
Colhi a margarida, levei para dentro da casa,
coloquei sobre a lareira
Num vaso solitário, junto ao retrato do meu amor...
Mas esqueci do sol escaldante de verão,
E o cravo tão romântico fitava de frente a bela rosa
Que abriu a corola
Em desespero e pereceu que morria...
Enquanto da sala fresquinha a margarida via a morte
da rosa e a desidratação do cravo,
E olhando mais demoradamente percebeu
Que um jacinto vivia num vaso de água límpida em cima
da mesa de centro
E convidava a margarida para um colóquio de amor...
Ela até aceitou depois de ver o enterro do cravo e da
rosa pela janela da sala de estar.
E eu acreditei que sempre existe um amor para nos
defender de um bem pior.
Há...ha...ha...
(Marilda Amaral)
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